McKinley Dorham Howard nasceu em 30 de agosto de 1924, em um rancho chamado Post Oak, perto de Fairfield, Texas, EUA.
Um músico cheio de predicados, com muita habilidade para o piano e o trompete, era compositor e arranjador contumaz.
Ele frequentou a Anderson High School, em Austin, onde começou a dedilhar o piano e o trompete, além de participar da equipe de boxe da escola.
Iniciou seus estudos primeiro no piano, mas depois fincou o pé no trompete.
Kenny foi convocado para o exército em 1942, no intuito de treinar boxe e saiu logo após um ano.
Dorham é frequentemente elogiado por críticos e outros músicos, mas nunca teve o mesmo tipo de atenção que seus companheiros.
Além do carisma e humor abundante, há uma ternura inconfundível no som deste músico.
Kenny Dorham era o tipo de pessoa que pensava o seu instumento, no caso, o trompete.
O crítico Gary Giddins escreveu uma vez que o nome Kenny Dorham é “underrated”, isto é, praticamente sinônimo de “subestimado”.
Dorham foi um dos trompetistas mais ativos do bebop, gravou com grandes gênios do jazz, dentre eles: Art Blakey, Dizzy Gillespie, Lionel Hampton, Charlie Parker, Max Roach, Thelonious Monk, Sonny Rollins, Joe Henderson, Bobby Timmons, Sam Jones, Kenny Burrell, Jackie McLean, Cedar Walton, Andrew Hill, Milt Jackson, Tommy Flanagan, Paul Chambers, Art Taylor e outros.
Nesse disco, lançado em 1955, encontramos um músico adiante do seu tempo. “Afro-Cuban” tornou-se referência obrigatória para quem quiser se arriscar nos ritmos caribenhos.
Por meados dos anos 1960, devido às circunstâncias económicas, Dorham não tinha condições de manter o seu grupo com Joe Henderson, e foi forçado a buscar um emprego fora da Música, acabou trabalhando no serviço dos correios.
Ele continuou estudando Música na Escola de Música NYU e escreveu várias críticas para a revista Down Beat.
Pelo início dos anos 70, sua saúde começou a estragar, o desenvolvimento de uma doença renal o obrigou a fazer viagens regulares para o hospital onde ficava 15 horas por semana em diálise.
Durante seus últimos anos, Dorham sofria de doença renal, veio a falecer em 5 de dezembro de 1972, com apenas 48 anos.
Kenny Dorham deixou uma obra valiosíssima, criativa, bela e atemporal que merece ser ouvida e sentida.
Músicas:
01. Afrodisia
02. Lotus Flower
03. Minor’s Holiday
04. Minor’s Holiday
05. Basheer’s Dream
06. K.D.’s Motion
07. La Villa
08. Venita’s Dance
09. K.D.’s Cab Ride
Músicos:
Kenny Dorham (trompete)
J. J. Johnson (trombone)
Hank Mobley (sax)
Cecil Payne (sax)
Horace Silver (piano)
Percy Heath, Oscar Pettiford (baixo)
Art Blakey (bateria)
Carlos “Patato” Valdes (conga)
Richie Goldberg (cowbell)
Ouça abaixo o programa na íntegra.
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